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stampada em todos os
noticiários da mídia, dia sim, o outro também, a corrupção no país corre solta.
Não fosse o maior julgamento da historia política do país, o “mensalão”, envolvendo
os dirigentes do primeiro escalão do atual governo e seus aliados, o PT - Partido
dos Trabalhadores poderá jamais dizer que foram as intrigas da oposição. Esta
onda, contudo, não é uma particularidade ou propriedade de um determinado
segmento, ela atinge a tudo e a todos sem discriminar cor, raça ou estado
civil, e como uma peste contamina toda a sociedade.
Nesse contexto, cabe questionar
por que a corrupção está tão arraigada no Brasil? A corrupção existe desde o inicio
da civilização, e como algo deplorável difere na origem de se almejar o progresso
pelas vias do direito. O ditado “a ocasião faz o ladrão” faz sentido quando o
desejo de alcançar o sucesso a qualquer custo esbarra nas aparentes facilidades
que se apresentam, e tomam rumos particulares que a sociedade condena. O
Criador dotou o homem de inteligência podendo discernir o bem do mal, mas
geralmente dão vazão à ganância. Considerada um ato inerente a determinadas pessoas
e lugares, são as circunstancias que favorecem a sua prática, e, como um
fenômeno universal não é propriedade especifica de um país, mas em níveis.
Vejamos. Calcula-se a conta da corrupção em R$ 100 bilhões, com o Brasil
ocupando a 72ª posição na lista dos países mais limpos, segundo a ONG Transparência
Internacional. A título de comparação, o Uruguai está na 19ª posição, e o Chile
na 22ª. E não é por falta de prisões que a corrupção avança. Entre dezembro de
2008 e dezembro de 2012, o numero de detentos no sistema penitenciário
brasileiro por crimes contra a administração publica, cresceu 133%, sete vezes
mais que o aumento da população carcerária de então. Hoje quase 300 presos
cumprem pena por esses crimes.
Alguns analistas observam
que a corrupção no Brasil esteja relacionada principalmente ao sistema político
e ao modelo de desenvolvimento econômico. Acredito que a causa esteja
relacionado ao inchamento da estrutura organizacional política e ao modelo ineficiente
da gestão pública. A tolerância demonstrada por algumas personalidades chocam pela
maneira como definem a corrupção no país. Adib Jatene, Ministro da Saúde no
Governo Collor, afirmou em 1992: “Quem faz o Orçamento da Republica são as empreiteiras”.
Roberto Pompeu de Toledo escreveu na revista Veja, em 1994: “Hoje sabemos, sem
sombra de duvida, que a corrupção faz parte de nosso sistema de poder tanto
quanto o arroz e feijão de nossas refeições”. Recentemente o secretário de Estado de Segurança
do Rio de Janeiro, Jose Mariano Beltrame lamentou a prisão do Comandante de
Operações Especiais, que comandava uma quadrilha de subalternos dizendo: “Não
há vacina contra a corrupção”. O ex-presidente da Petrobrás José Sergio
Gabrieli (PT), com cinismo, disse esta semana em depoimento dado à Justiça
Federal, tentando se eximir de qualquer influencia política nas decisões da
empresa, que são “problemas internos do governo as razões e as motivações” a
indicação de Paulo Costa para o cargo de diretor da Petrobrás, o qual é acusado
por corrupção.
Entretanto, a versão de que
não há remédio para a corrupção já que está tudo tomado, não reflete a disposição
do cidadão de bem que desejam viver sossegados, e sem riscos alcançar a
felicidade dentro das normalidades.
Nestas eleições quando se
dispara tiroteios entre militantes situacionistas e oposição, onde estará a
preocupação de se criar mecanismos e instrumentos para tornar mais eficientes o
controle e a fiscalização dos cofres públicos, pois o que se verifica é que ainda
não é o suficiente para evitar as barbáries desta bandalheira.
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