sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O medíocre e o sustentável


P
ara o país que saltou do estagio de subdesenvolvido para o pleno desenvolvimento, com destaque o governo FHC que propiciou com o Plano Real a estabilidade econômica, o Brasil, após 12 anos sob o comando do Partido dos Trabalhadores - PT, ainda patina no governo Dilma Roussef que não tem conseguido manter a economia dentro dos padrões mundiais da sustentabilidade, mesmo maquiando os índices oficiais,. Como membro do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), tenta manter-se em evidencia no exterior, mas na realidade ainda precisa ‘suar a camisa’ para que se credencie como um país emergente. Com um PIB (Produto Interno Bruto) medíocre de 1,9% podendo chegar a 0,3% (quase zero), e uma inflação galopante próximo da meta, segundo o governo de 6,5%, mas que na verdade o limite é de 4,5%, a sua imagem nada lembra o país do futuro. O Brasil também não obteve avanços importantes em setores considerados prioritários como o da saúde, por exemplo, onde procurou ‘tapar buracos’ buscando alternativas extremas como o Programa + Médicos com a importação de médicos de Cuba. Ora! O Brasil precisa de mais saúde, e não mais médicos.
Os estímulos ao comercio visando a população de baixa e média renda com a isenção de impostos e as facilidades de financiamento ‘a perder de vista’ para a aquisição de bens duráveis, de refrigerador a automóvel, levaram os consumidores a um alto grau de endividamento e conseqüentemente à inadimplência, dando uma falsa impressão de aumento do poder aquisitivo da população. Quanto aos programas sociais, segundo o ex-secretario de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa, sem questionar os avanços obtidos como a Bolsa Família, aponta que o fraco desempenho da economia acaba frustrando os ganhos sociais. Disse ainda que a política social não é conquista de um governo, mas da sociedade, e precisa ser preservada com políticas adequadas que garantam o crescimento.  
 Na diplomacia brasileira, o atual governo também ‘dirige na contramão’ do mundo democrático ao apoiar as ditaduras dos Castros, o bolivarianismo de Chávez/Maduro, e do iraniano Ahmadinejad – o apedrejador de mulheres, e se não bastasse, recentemente, já em campanha à reeleição, a presidente Dilma Roussef em discurso na ONU ainda disse que ficaria do lado da paz com o Estado Islâmico, - o mesmo cujos terroristas decapitam os inocentes e exibem as cenas nas câmeras de vídeo para o mundo.
E quanto a instituir ‘goela abaixo’ o controle da mídia, ainda em evidencia desde o governo Lula, a presidente ao mesmo tempo em que afirma que o seu governo é favorável ao “fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem”, em outro repete tudo ao contrario em rede nacional, dizendo: “não é função da imprensa investigar o governo, mas apenas divulgar noticia”, ou seja, ao jornalista caberia apenas e tão somente publicar a noticia que lhe chega, e pronto, não importando a credibilidade da fonte, o que seria um ultraje a inteligência do leitor e do cidadão, deixando claro o quanto a presidente admite como corretas a tomada de medidas antidemocráticas contra a imprensa adotada pelos países “hermanos”, nossos vizinhos. Aliás, não fosse o jornalismo investigativo e a corrupção na Petrobrás não estaria neste estagio dos depoimentos que tornaram públicos o pretenso envolvimento de políticos do ‘grosso calibre’ no esquema, e cujas bandalheiras tiveram inicio quando Dilma era a presidente do Conselho Administrativo da estatal.     
Outro fator grave e responsável pelos excessivos gastos do governo, e que também favorece a corrupção – já comentado em edição passada nesta Coluna, é a gigantesca máquina publica dos ministérios e secretarias instaladas em Brasília, cujas engrenagens espalhadas pelo interior do país são azeitadas pelo governo em cumplicidade com os deputados e senadores da base aliada, e que deu origem à conhecida frase franciscana empregada no meio parlamentar de que “é dando que se recebe”. E quando se pensava que esta estrutura (na época de FHC eram 24 ministérios) pudesse ser ‘enxugada’, eis que a candidata a presidente declara que se eleita vai manter todos os 39.
Diante do público e do notório, na eminência da escolha do novo presidente, é essencial que cada brasileiro se dedique a uma analise criteriosa dos candidatos às eleições dia 5 de outubro, e, “às margens plácidas, de um povo heróico um brado retumbante”, possamos dizer: Sim! O Brasil tem jeito.  


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