sábado, 24 de outubro de 2015

Sem saída

(Publicado no Jornal da Serra - Edição nº 56 , de 23/10/2015)

A

previsão dos economistas é de que enquanto houver incertezas na adoção de políticas econômicas corretas por parte do Governo Federal, o Brasil estará entrando num buraco cada vez mais fundo, piorando a situação em que já se encontra o país.
A Presidente Dilma depois de dizer pelo mundo afora, por último na Finlândia, que não há corrupção, e que o Mensalão e Petrolão são casos isolados de políticos que se enredaram em “mal feitos”, pura e simplesmente, como se isto não estivesse catalogado na história como a maior sistema de corrupção corporativo já visto no país, dito isto, ao menos tenta manter o Joaquim Levy “liberal”, não “conservador”, como Ministro da Fazenda, para desgosto dos petistas inclusive Lula.
Está difícil imaginar entrar o ano de 2016 com dívida zerada como tem apregoado o Governo, apenas com a intenção de parcelar as dividas atuais com o TCU. Até um analfabeto em matemática se dá conta que não há recursos futuros para pagamento de tamanho rombo nos cofres públicos.
Em resumo, se o ‘ajuste fiscal’ ensaiado desde a posse do Levy não for implementado com a criação da famigerada, mas necessária, CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), e mais medidas não forem tomadas para a redução drástica dos gastos públicos, com uma inflação que caminha quase inexoravelmente em direção aos dois dígitos, então, já era.
Como resultado da diminuição dos repasses da União para os Municípios, a crise alcança principalmente os municípios que, segundo Paulo Ziulkoski, Presidente da Confederação Nacional dos Municípios - CNM, afeta sobremaneira o setor de serviços, comercio e turismo. Não há levantamento oficial, mas a entidade estima que mais de 150 prefeitos já reduziram os próprios salários, na tentativa de melhorar as finanças de suas cidades.
Há um apelo da sociedade pela redução do gasto público no âmbito federal e estadual, e os prefeitos também devem dar o exemplo, como adotar medidas para a redução de horas extras e diminuição de cargos comissionados, e investindo em infraestrutura para contemplar o turismo – uma das poucas áreas que não foram ainda duramente afetadas, devido o aumento do dólar que fez com que o brasileiro optasse pelo turismo doméstico ao invés de viajar para o exterior. O Sul de Minas agradeceria se os gestores municipais se preocupassem de fato em atrair e criar maiores incentivos visando a hospitalidade dos turistas que visitam a nossa região.

  

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