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m tempo de crise e tendo o Governo Federal como o maior
responsável pelas pedaladas da política econômica mantida pelo ex-ministro Mantega, tenta agora reparar os danos
causados a economia com medidas de contenção econômica e fiscal formulado pelos
ministérios da Fazenda e do Planejamento, com reflexos graves para o país, e
que “deve durar pelo menos dois anos”, segundo os próprios ministros.
Para os setores produtivos recomenda-se que as empresas e
indústrias elevem a produtividade que, com o aumento dos encargos sociais e
aumento das taxas de juros bancários para financiamentos, está provocando uma
grande onda de trabalhadores desempregados, promovendo o chamado efeito dominó,
afetando o orçamento domestico que por sua vez atinge os setores do comercio e
dos serviços em geral.
Para os municípios, que já passam por dificuldades
financeiras, quando em 2014 em razão da diminuição da arrecadação – causada
tanto pelo baixo crescimento econômico do país quanto pelas desonerações
promovidas pelo governo federal, e com isto a diminuição dos valores repassados
ao FPM – Fundo de Participação dos Municípios pela União, vão ver agravados os
seus problemas financeiros em 2015.
Já passou da hora do gestor municipal enxergar a cidade como
empresa, o que demanda principalmente maior qualificação e competência do
quadro de ocupantes do primeiro escalão da instituição publica, no caso a
Prefeitura Municipal. Os municípios
precisam incorporar conceitos básicos da iniciativa privada, buscando resultado
em suas ações, e dessa forma se obter melhorias na qualidade de serviços de
infra-estrutura e de lazer à coletividade.
Na visão do gestor publico dinâmico e eficiente, cabe ao
Prefeito considerar os RH (recursos humanos) como a área mais importante e
protagonista que garante a sobrevivência da organização. O papel do RH na gestão de crises (estrutural
e política) é fundamental como gestor de pessoas, devendo ser valorizado tanto
quanto o publico externo – o cidadão que vota e que gera receita através do
pagamento dos impostos. E num momento critico, é o funcionário que vai dar o
suporte necessário para atendimento do munícipe. Os veículos de comunicação
interna (boletins informativos) e externa (jornais) ou através das redes
sociais, são ferramentas essenciais na gestão e na prevenção de crise. A figura
do Ouvidor Municipal traz grande beneficio à gestão das cidades, mas é preciso
que o Prefeito esteja aberto às críticas e a efetivação de mudanças que se
fizerem necessário, inclusive a substituição dos seus “homens de confiança”,
assim considerados nas bases da política e da antiga amizade. Parte
considerável do sucesso da gestão (pública ou privada) depende do desempenho de
sua equipe de profissionais, sendo de suma importância a introdução de
ferramentas como Avaliação de Desempenho e programas de T&D - Treinamento e
Desenvolvimento de pessoal.
Para uma boa parte das cidades do Sul de Minas, o potencial
de desenvolvimento econômico está voltado para o setor do Turismo. É importante
e saudável que cada município se auto promovam mostrando o que tem de bom, de
atrativos e de vantagens comparativas e competitivas, além de realçar a
identidade do povo e sua cultura.
Pensar o Município como um produto, tornando-o uma marca no
calendário turístico, tal como se consolidou o Trem da Maria Fumaça, é o
caminho certo para buscar recursos para a implementação de programas sociais,
realização de obras, e outros investimentos em infra-estrutura, nesse momento
de crise econômica que atravessa o país
Dessa maneira, não poderíamos deixar de mencionar o VII
Festival de Gastronomia – Passa Quatro Gourmet, que pelo numero de edições já
realizadas, incorporou-se ao calendário turístico da cidade, porém, cujo
sucesso não é unânime entre os consultados a dar sua opinião.
A crítica mais comum pesa sobre o termo “Gourmet”, e chama
atenção dos organizadores para o próximo evento. Por definição, “gourmet” é
utilizado para designar comida muito bem elaborada, diferenciada e bem
apresentada, servida a um consumidor de paladar exigente. Com isso qualifica-se
o Festival de Gastronomia Gourmet de modo um tanto ingênuo na sua chamada, e
para os mais críticos algo como demais pretensioso, já que ofereceu apenas
comida básica do dia-a-dia servidos nos estabelecimentos locais. De “gourmet”
apenas é o workshop que traz “chefs” de cozinha para ensinar alguns pratos que
não são comercializados nos quiosques, mas preparados para servir em pequenas
porções aos participantes dos cursos livres. Então, fica aqui a sugestão: a)
estabelecer que cada comerciante-participante elabore pelo menos um prato
“gourmet” em seu cardápio habitual; b) seja dado um novo titulo para o evento:
“VIII Festival de Gastronomia Passa Quatro. Com Workshop Gourmet”. Façamos
assim antes que seja tarde demais. O turista traz receita.
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