(Publicado no Jornal da Serra, 6/2/2015)
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aumento da criminalidade
e a maneira de agir dos marginais chamam a atenção pela ousadia com que são
praticados, não importando se a luz do dia, da câmera de vigilância e da ação
policial.
O crime e a violência evoluem desde os primórdios da
civilização, podendo observar que mudou apenas o “modus operandi” ou a técnica usada para sua execução. A época dita
as regras e vão se aperfeiçoando de acordo com os avanços da ciência e da
tecnologia. Se antes eram os batedores de carteira que agiam nas calçadas das
grandes cidades, agora são os seqüestros relâmpagos onde a vitimas são
obrigadas a fornecer suas senhas do cartão magnético para saques nos caixas
eletrônicos. O alheio cresce aos olhos do bandido que vê na sociedade de consumo
o esplendor para a prática dos crimes.
Os últimos dados da Secretaria de Estado de Defesa Social,
de Minas Gerais, mostram uma realidade preocupante para quem vive no Sul de
Minas, apresentando um crescimento considerável na taxa de homicídios. Outros
crimes como seqüestro e cárcere privado, além de roubos e furtos, também
apresentaram elevações.
A migração dos grandes centros urbanos para cidades do
interior é uma tendência. Junto com a ampliação das vagas de emprego e o
progresso causado por investimentos diversos na região, principalmente nas
áreas de serviços e do turismo urbano e rural. Com a redução drástica da água
para a população nestes grandes centros, aumentam o interesse da população das
grandes metrópoles investirem em localidades que apresentam melhores condições
de qualidade de vida. Todos estes fatores favorecem o aumento da criminalidade,
e justamente onde o poder público local, empresas e moradores menos investem em
segurança.
A Policia Militar tem desenvolvido de maneira satisfatória o
seu papel social na prevenção de crimes junto a população. O sistema de Rede de
Vizinhos Protegidos - RVP, uma importante parceria entre a polícia e a
comunidade comprometidos com a segurança, foi implantado nos municípios de São
Lourenço e Passa Quatro. Outro é o Programa Educacional de Resistência às
Drogas - PROERD, realizados anualmente em todo o Estado, juntando as Escolas
municipais, estaduais e particulares, com o objetivo de trazer aos jovens
estudantes informações e mensagens de valorização da vida, da importância de
manter-se longe das drogas e da violência.
É lamentável que as cenas mostradas recentemente na mídia
televisiva da EPTV – G1 Sul de Minas, seja interpretado por uma parcela da
população como abuso policial, quando na verdade os policiais atentavam para a
repressão à iminência de crimes (em vias de acontecer), trabalho diuturno dos
policiais que procuram seguir as normas durante as dezenas de abordagens
realizadas, e que, circunstancialmente, sugerem medidas seletivas com o intuito
de conter o ímpeto da marginalidade.
Segundo os especialistas, o crime e a violência devem ser
entendidos como fenômenos “normais”, originados do meio natural humano, tornando-nos
reféns eternos desta anomalia. È importante, senão imprescindível, que haja uma
firme cumplicidade entre a população e a policia em combate ao inimigo comum, que
planeja e ataca de improviso, de forma covarde, dispostos a tudo, inclusive
ceifar vidas, em beneficio próprio ou de grupos à margem da sociedade.
A população deve agir de maneira participativa junto às
autoridades locais no sentido de responder com dureza ao grupo dissonante que
não corresponde à segurança da coletividade.
Para cada tipo de operação policial há uma orientação
apropriada. Diferente de grandes distúrbios como roubos e assaltos a Bancos, e
manifestações de rua quando há desordem pública, e cabem atitudes enérgicas, as
cenas mostradas recentemente pela EPTV – Sul de Minas, definitivamente não se
enquadra como abuso policial. No caso dos jovens flagrados fumando maconha,
pelas circunstancias dos fatos, já que os usuários não podem ser presos, nos
parece até conveniente uma reprimenda vigorosa, inclusive nada de mais impor
que fizessem flexões como exercícios físicos, e que repetissem elogios ao
trabalho da equipe de policiais no comando. Onde está configurado o abuso dos Direitos
Humanos? Quem garante que, dopados sob os
efeitos da droga, não teriam partido para o crime se não tivessem sido exemplarmente
repreendidos? Noutro jargão isto é “barrar a onda”.
O confronto entre a população e a policia só interessa ao
bandido.
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