quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

De volta a dura realidade


P
assado as festividades de final de ano, agora vem a conta. A nova equipe econômica que tomou posse e que tem a incumbência de colocar a casa em ordem, muito combatida pelos políticos do PT, agora vai ter de engolir os tucanistas que em outra época já pertenceram aos quadros do governo FHC. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy e o ministro do Planejamento Nelson Barbosa já deixaram claro que haverá aumento de impostos e vai controlar com lupa as contas publicas do Governo. Tudo isto com a intenção de  colocar o Brasil no ciclo de crescimento junto de outras nações, e claro, não se referindo a  países da America Latina, como Argentina e Venezuela, que já entraram em processo de recessão econômica.  
Considerado um dos países que tem uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, ainda assim apresentando os piores IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, por oferecer serviços públicos (saúde, educação, transportes, saneamento básico...) de baixa qualidade para a população, os gastos públicos sem precedentes e a corrupção foram a marca registrada do Governo Dilma. Os índices econômicos sempre mascarados quando eram divulgados pelos órgãos de pesquisas, como ocorreu com os dados do IBGE e foram proibidos de serem noticiados antes das eleições presidenciais, e fizeram coro às desculpas esfarrapadas do Mantega (ex-ministro da Fazenda), não foram suficientes para conter e tornar público uma inflação galopante que superou a meta estabelecida atingindo 7%, e de um “pibinho” (PIB) de menos de 1%. Agora, com prenúncios de aumento de impostos, o setor empresarial já acendeu a luz amarela. Os empresários que já sofrem com uma tributação excessiva de impostos na produção de bens e serviços, bem como de contribuições trabalhistas e previdenciárias e uma estrutura de escoamento caótica no transporte, já prevêem o caos, ficando quase impossível evitar a demissão de empregados que começam a ensaiar um período de greve geral nos grandes centros.     
A volta de impostos e contribuições como a CIDE (imposto do combustível) e da CPMF (imposto da saúde) já estão sendo preparadas, assim como acabar com a isenção do IPI sobre a venda de carros novos e ouros produtos como TVs, geladeiras..., - um artifício utilizado pela Dilma para incrementar as vendas com financiamentos a perder de vista, mas que provocou uma enxurrada de inadimplência, e uma falsa sensação de aumento do poder aquisitivo da população.
Além da corrupção reinante na Petrobras, o que coloca as empresas envolvidas na operação Lava Jato como responsável por uma série de fatores negativos na rede de fornecedores de equipamentos e serviços, e na economia do país como um todo, para quem investiu nas ações da Petrobrás, com o preço mundial do barril de petróleo que também contribuiu para isso, a situação é a seguinte: de 2006 a 2015 o valor das ações na Bolsa de Valores despencou de R$ 18,00 para os atuais R$ 8,00. Um prejuízo e tanto para o brasileiro que tinha a empresa como o maior orgulho do Brasil.
Quanto aos municípios, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios – CNM, a política fiscal e econômica do governo federal está afetando fortemente as suas finanças, que já eram críticas. Muitos deles, inclusive no Sul de Minas, atrasando o pagamento do 13º salário dos servidores municipais. O atraso nos repasses da União aos Municipios se deve a desonerações (como o IPI, por exemplo) promovidas pelo governo federal e que provocou o baixo crescimento da receita, e às “pedaladas” desse governo que impõem a outros entes federativos as conseqüências de uma política fiscal que beira a irresponsabilidade. Bem vindos  2015, com a ajuda de Deus. 

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