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assada
as eleições, o quadro econômico, social e político devem continuar nada “mais do
mesmo” (parafraseando o slogan da campanha presidencial petista) por um bom
tempo, já que medidas corretivas de segundo mandato só deverão surtir algum efeito
(...) a médio e longo prazo. Com o país apresentando um dos piores índices de
desenvolvimento e corrupções a rodo, em 12 anos de governo do PT, como jamais
visto na historia do Brasil, a presidente Dilma parece estar vivendo uma
efusiva contemplação de uma bela tarde de céu azul e brancas nuvens tomando refresco
de canudinho, esperando a posse para mais 4 anos de desgoverno.
Em sua longa entrevista aos principais jornais
do país, há alguns dias atrás, complementou ser fundamental agora se dedicar a
fazer “o dever de casa” (depois de quatro anos de mandato). O sentido vago e inexpressivo da frase da
presidente reeleita é um recado para todos que achavam que seriam tomadas
medidas efetivas para colocar o país nos eixos, agora deixando claro que deverá
continuar agindo da mesma forma centralizadora e bolivariana. O “diálogo” também
aventado pela Presidente, tudo indica pelo andar da carruagem, deverá ser ao
“pé de ouvido”, e, assim, derivar sem rumo e sem consenso pela esplanada do
Congresso.
Enquanto
isso, outro “dever de casa” toma impulso motivado pelo flagelo que abate as
populações de importantes Estados e cidades do país, e emerge da mais imperiosa
das necessidades humanas, - a Água. Este sim, um dever de digna procedência,
porém, demorada iniciativa.
Resultado
do longo período de estiagem, da incompetência do poder público, e por fim, da
inconsciência do desperdício, a falta d’água é a principal ameaça do século,
influindo não apenas na qualidade de vida da população, o que seria uma maneira
ínfima de mensurar a gravidade da situação, mas de uma amplitude muito
significativa que pode representar o fim da humanidade. Observam os filósofos que o ser humano mesmo
plenamente consciente da sua morte, e de que a natureza pode ter um fim, é fato
o que deprime pode dar lugar ao ceticismo, levando o homem imaginar a própria imortalidade,
afetando o senso critico e de responsabilidade para com a proteção do meio e da
preservação da espécie.
A
afirmação de que todas as coisas já foram ditas, mas nunca demais repeti-las,
leva recapitular o artigo “A batalha da água já começou” (Jornal da Serra,
março/2014), focando a importância da região das Terras Altas da Mantiqueira,
no Sul de Minas Gerais, na geografia da Bacia Hidrográfica do Rio Verde. O Rio
Verde nasce em Passa Quatro, na divisa com a cidade de Itanhandu, abastecendo
31 municípios. Como afluente de outras bacias hidrográficas passa por mais
outras centenas de cidades mineiras, daí a responsabilidade que tem os
municípios mais próximos à montante do Rio Verde pela preservação e qualidade
da água na nascente. O Rio Verde se estende por um percurso de 220 km até o
Lago de Furnas, tendo como afluentes os rios Passa Quatro, Lambari, Palmela,
pela margem esquerda; e os rios Capivari, Baependi, Peixe e Ribeirão da Espera,
pela margem direita. Nesse processo de proteção dos recursos hídricos, deve ser
dado a devida importância de medidas como a recuperação e preservação de
nascentes, assim como a implementação do Plano Municipal de Saneamento Básico –
PMSB, de maneira participativa com a população, com infra-estrutura para a captação
e tratamento de águas e esgoto, de empreendimentos
como o SAAE – Serviço Autônomo de Águas e Esgoto, ou da Copasa (de controle do
Estado), e de ETE – Estação de Tratamento de Esgoto; outro é o Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, que trata de organizar todo o
sistema de geração, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos (o
lixo). Alguns municípios de nossa região, como Virginia (MG), já implantaram
todo o sistema. Os demais municípios também tomam estas iniciativas, vistas
como instrumentos de tentativas importantes para a “ecoficiente” gestão do meio
ambiente, e com sustentabilidade assegurar condições favoráveis para a
qualidade de vida das gerações futuras.
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