O sentido da vida e a realidade.
A passagem está comprada, só não sabemos o dia e a hora
da partida. No começo, a vida segue sem grandes tropeços e a única preocupação é
a de cumprir a jornada que por vezes nos parece infindável, mas recompensada
pelos êxitos alcançados. Os fracassos, porque doem, são mais lembrados. E raro
reconhecer o quanto o ser humano em sua essência é individualista, - o
relacionamento humano, por vezes, é uma máscara que corrompe a realidade da
qual participamos célere, enquanto não interrompida por algum obstáculo
intransponível. O tempo que vivemos faz
nos sentir, sempre, mais jovem que os que nos cercam, dando uma falsa impressão
de superioridade. Nesta maratona de
episódios dos quais lembramos com algum jubilo, também traz ressentimentos pelo
que deixamos de realizar, e que através de um simples ato ou palavra, talvez ,
alterado o rumo de acontecimentos e deixado as pessoas mais felizes.
Entretanto, o pior dos sentimentos ainda é a imensa tristeza
que de repente nos assola, - quando olhamos a nossa volta e não mais encontrarmos
o nosso ente mais querido. Recente, tive um sonho que a nossa mãe nos deixava,
partindo para a eternidade. Quando acordei, minutos depois, recebi de um
familiar a inesperada noticia. O Criador levou quem mais amávamos, mas antes demonstrou
sua compaixão amenizando o nosso sofrimento, sinalizando a sua vontade e nos
preparando para um fato doloroso. Deus é Fiel.
A ansiosidade por viver demonstra o quanto podemos estar
distantes da realidade de nossa própria existência, desprevenidos, quase
inconscientes de que vivemos um estagio terrestre onde somos todos
passageiros.
Chega um tempo de meditar e amadurecer os (pré) conceitos
sobre a existência humana e a vida
eterna. Surge a consciência de que estamos representando em um grande palco,
cujo personagem por mais importante seja o seu papel o epílogo é inevitável.
Abro a Bíblia e encontro: “Qual de vós, por ansioso que
esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?”, disse
Jesus - (Mateus, 6:27).

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