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| Propaganda histórica. As crianças ficavam horas sem tirar o papel, fingindo dar umas tragadas |
A medida imposta pela Anvisa – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, que proíbe a venda de cigarros com sabor, passa a valer dentro de um ano e meio. Pesquisa feita com 17 mil estudantes de 13 a 15 anos em 13 Estados mostrou que a maioria dos alunos preferia o cigarro com algum tipo de sabor, principalmente menta. A venda de cigarros com substancias que mudam ou disfarçam o sabor ou o cheiro, os chamados aditivos: cravo, menta, baunilha, morango, potencializam os efeitos da nicotina no organismo. A indústria do fumo têm a 'cara de pau’ de falar em demissões no setor por causa da proibição do cigarro com sabor, que representam cerca de 3% do mercado brasileiro. Quanto à prática da ‘responsabilidade social’ das indústrias do tabaco, é assim comentada pelo jornalista Wilson da Costa Bueno, professor da USP e da Universidade Metodista de São Paulo: ”... na prática, há um desvirtuamento do conceito de responsabilidade social, que é reduzido pela indústria tabagista e também por outros setores, como o agroquímico, farmacêutico e de fabricantes de armas e bebidas, a ações isoladas, quando efetivamente deveria ser assumido em sua plenitude, como filosofia de gestão. A responsabilidade social da indústria tabagista é mais uma das farsas empresariais e evidencia a disposição de confundir a opinião pública, um autêntico e equivocado processo de ‘limpeza de imagem’ que deve ser sistematicamente repudiado”. Aponta ainda que, a comunicação da indústria tabagista, respaldada no argumento da responsabilidade social, ignora valores básicos como a ética e a transparência. “A tentativa de anular o efeito nefasto do cigarro pela divulgação de ações isoladas representa uma postura de empresas que insistem em mascarar os danos que seus produtos provocam na sociedade, em particular na qualidade de vida dos cidadãos”, pontua.
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