Eleições Municipais 2012
O clima da campanha nas ruas ainda está morno. Nos bastidores são freqüentes as reuniões internas entre os partidos da situação (PMDB-PTB-PV), e da oposição (DEM-PPS-PR-PSD-PSDB-PT) que discutem as possíveis candidaturas para prefeito e vereadores. Normalmente, o partido sem candidatura própria tende a fazer coligação com outro que indicou candidato a prefeito. A coligação é importante porque soma as forças, porém, não está descartado o surgimento de uma “terceira via”, imaginando com isto interromper a constante disputa pelo poder entre os grupos do “pão com molho” e “água benta”. Neste caso, a oposição vai dividida para as eleições. No momento, os partidos da oposição parecem estar unidos e pretendem lançar uma pesquisa de opinião publica com os nomes dos candidatos a prefeito. Aquele que vencer na pesquisa deverá ser o candidato apoiado pelos demais partidos. O candidato a Vice - prefeito também saí desta lista de pesquisa. Alguns observadores da política local apostam que embora o resultado da pesquisa aponte a preferência por determinado candidato, apesar do combinado, não terá o apoio de todos e haverá um racha no grupo da oposição. É esperar para ver.
O calendário eleitoral divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral é extenso e rígido, e cabe aos dirigentes dos partidos ficarem atentos para não serem penalizados. Em Passa Quatro (MG), o Cartório Eleitoral funciona no prédio do Fórum, e presta ao publico eleitor e candidatos todas as informações relativas às eleições municipais de 2012.
Estabilidade econômica
De quem é o mérito? Muitos brasileiros que estiverem completando mês que vem a idade de 18 anos, não terão vivido uma época em que os preços de tudo subiam a cada minuto, desvalorizando rapidamente a nossa moeda. Precisava urgente criar uma forma de conter o avanço de dois dígitos da inflação que corroíam de forma drástica o salário do trabalhador. Então o presidente Itamar Franco, que sucedeu Collor de Melo, e seu ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, criou a Unidade Real de Valor – URV. Na época, a equipe que desenvolveu os estudos econômicos foi cumprimentada por economistas famosos e tratada como gênios. A URV, até agora, atravessou quatro governos: Itamar, FHC, Lula e agora Dilma. O governo Lula tem o mérito de dar continuidade à política econômica, mas esbarra na intempérie da falsa modéstia quando proclama: "nunca antes na historia deste país...", ao invés de reconhecer que as ações positivas permanecem por gerações e, estas sim, passam para a historia.
Dados reveladores
Foi notável a explanação da recém nomeada Secretária Municipal de Saúde, realizada dia 12 de dezembro, na Câmara Municipal de Passa Quatro (MG), já que o Secretário anterior João Bosco da Costa, médico-veterinário, sempre evasivo, não convencia a platéia quando incumbido desta responsabilidade. A titular da pasta da Saúde, Aparecida Caetano Ribeiro, aqui nascida, ex-funcionaria publica com experiências na área de Contabilidade, em resposta ao Requerimento de Informação nº 69/2011, retro-projetou com detalhes toda a situação da Saúde no município. Demonstrou, por exemplo, que o aumento de vencimentos do cargo de Médico e de Enfermeira é uma questão urgente a ser resolvida, já que precisa da aprovação da Câmara de Vereadores, sob o risco de perder estes profissionais para o setor privado, que paga mais. Não foi dado ao publico presente o direito de manifestar-se, por não se tratar de Audiência Pública, e apenas os vereadores tiveram a oportunidade de questionar a Secretária. Despertaram a atenção alguns dados como o registro, em 2010, de 113 óbitos na seguinte ordem de maior ocorrências: diabetes, enfartos, neufrasia (câncer) e outras. Mas foi o numero de 4.021 consultas de emergências o que chamou mais a atenção, isto apenas nos meses de Agosto, Setembro e Outubro, de 2011. Quando a Secretária diz que a “população está muito doente... e carente”, e o diz com base nestes números de atendimentos de emergência, é alarmante, pois, estes números no período de 12 meses correspondem à totalidade de habitantes no município. A falta de fiscalização dos estabelecimentos comerciais e fabricantes de produtos perecíveis podem ser os grandes responsáveis por viroses e outros problemas digestivos causados à população. Também a falta de obras importantes de saneamento básico. Neste caso, o prefeito Acácio de Andrade, precisamente um ano atrás, se referindo como “a maior obra de todos os tempos da cidade de Passa Quatro”, disse o seguinte: “estamos com o projeto totalmente pronto... da estação de tratamento de esgoto de nossa cidade... orçado em 7 milhões de reais, que tem a garantia do ministro Padilha”. O prefeito deveria contabilizar os custos sociais e econômicos de uma obra necessária e não executada, ou mal planejada, e dimensionar os prejuízos causados à população. Pense nisso, caro (e) leitor.
A Origem
A prática dos “malfeitos” pode ser o retrato do mundo afora, mas, pela freqüência e a notoriedade que se tem dado através da imprensa, eleva os políticos e os ocupantes de cargos públicos brasileiros ao patamar do primeiro lugar no plano das picaretagens. Contracenando com ‘laranjas’, ‘testas de ferro’, ‘bodes expiatórios’, etc., estes grupos se locupletam nos mais variados tipos de ilícitos. Causa decepção, mas diverte um texto da coluna de Gaudêncio Torquato, do Jornal O Estado de São Paulo. É o seguinte: “O Brasil das Calamidades. O chiste é conhecido. Ao criar o mundo, Deus distribuiu catástrofes pela Terra, enquanto comentava com o anjo ao seu lado: ‘Aqui eu vou localizar os EUA, com seus terremotos e furacões; ali vai ser a Europa, que vai ter também vulcões e terremotos; acolá vou instalar a Ásia, com desertos, terremotos e tsumanis’. Curioso, o anjo indagou: ‘E nesse local vai por o quê?’ Deus respondeu: ‘Aqui será o Brasil’. Insistiu o arcanjo: ‘E ele não vai ganhar catástrofes naturais?’ A resposta divina: ‘Não, de jeito nenhum, mas você vai ver os políticos que eu vou botar lá”. A Lei de Responsabilidade Fiscal, criada no governo FHC, em 1998, conseguiu conter as velhas malandragens que envolviam as três esferas do governo. A partir de então, governadores e prefeitos apenas deixaram de operar no primeiro plano, cedendo lugar a lobistas, ministros, deputados e senadores para novas e mais abusadas malandragens. Dizer que a Presidente Dilma nada faz para “combater desvios e malfeitos” seria injusto, afinal já somam mais de uma dúzia a baixa entre ministros e ocupantes de altos cargos no governo. No momento tem dois infernando a paciência da Dilma - o Fernando Pimentel e o Fernando Bezerra; o Fernando Haddad, que vinha infernando a vida dos estudantes do Enem, recentemente deixou o cargo para ser candidato a prefeito de São Paulo, não evitando que duas diretoras do Ministério da Educação fossem exoneradas do cargo pelo novo ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário