domingo, 10 de abril de 2016

Repensar as cidades, é o que resta

E

nquanto as atenções estão voltadas para o desfecho da política nacional - o impeachment da Presidente Dilma, marcado para a próxima semana, seja qual for a decisão entre os prós e os contra o impeachment, bom se diga que os dias seguintes não irão mudar em nada para melhor os rumos do país, causados pelas incertezas da política social e econômica adotado pelo PT nos últimos anos. O Brasil ainda deve enfrentar um período amargo de recessão até a retomada do crescimento. Os detalhes não serão necessários enumerar, - todos os dias a grande mídia fala sobre as medidas equivocadas do desgoverno federal, e das operações pela Policia Federal contra a corrupção, cujos resultados nefastos atingem em cheio a população com a inflação e o desemprego.  
Apostando no impeachment, o vice Michel Temer, dependente de outro processo, desta vez no STF, se empossado, não terá mandato suficiente para reverter a médio prazo a situação caótica do país. Não tem mágica.
As pesquisas que indicam quase 80% da população a desejarem Dilma "et caterva" fora de suas vistas, com raras exceções (*), não pagaram para ver isto, agora comem o pão que o diabo amassou.   
Diante de um monumental enfrentamento do retrocesso político, econômico e social, nos resta repensar as cidades, o que supõe planejar e investir no ambiente que vivemos, considerando o contexto histórico, geográfico, e das características básicas do município.
A melhoria das condições de qualidade de vida é um desejo natural de todo o ser humano, porém, emergindo algumas complexidades que vão desde as dificuldades em se conscientizar o cidadão da importâncias da preservação dos recursos naturais que (ainda) dispomos para a nossa sobrevivência, até obter os meios necessários para o planejamento e implantação das estruturas urbanas necessárias para o desenvolvimento sustentável local.  
Como embaraços, poderíamos começar apontando o direito de ir e vir do cidadão no seu dia-a-dia conturbado pelo feroz e excessivo transito de veículos e da poluição do ar (CO²), típico das grandes metrópoles; só na Região Metropolitana de São Paulo, com 20,9 milhões de habitantes, registram-se diariamente 43,7 milhões de deslocamentos. Em comparação com os municípios de pequeno porte, estes levam larga vantagem em qualidade de vida, entretanto, com datas marcadas para cumprimento das metas estabelecidas para a implementação dos planos de saneamento básico (abastecimento de água, drenagem, esgoto e lixo) de maneira participativa com a população. No sul de Minas, mais precisamente os localizados nas Terras Altas da Mantiqueira, os municípios de Virginia e Passa Quatro já cumpriram ou estão em fase de conclusão os planos que incluem as obras de infraestrutura. Nessas eleições municipais, o Plano Diretor - instrumento que organiza e administra os espaços da cidade, deve ser interpretado como o elo conclusivo para uma gestão pública integrada e eficiente.  

(*) alguns Deputados (Estadual e Federal) do PT, que têm desenvolvido ações locais importantes junto aos Munícipios e que ocupam lugar de destaque no Governo do Estado de Minas Gerais.