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empre
depois das eleições, as buscas por elementos que justifiquem os resultados do
certame, favoráveis ou não aos candidatos, proliferam entre observadores e
analistas que debruçam sobre questões de
toda ordem cívica, moral e sociológicas, adotando critérios e propriedades que possam
dar autenticidade às informações, e, se bem embasadas, passam a ter
credibilidade e prosperam para efeito de estudos e acertos no conjunto da
sociedade.
As
declarações as quais afirmam que “os pobres apóiam o PT porque são pouco
informados”, pelo fato de Dilma Roussef ter sido eleita Presidente da Republica
com votação expressiva nos Estados da região norte-nordeste, é severamente
contestada pelos petistas alegando que aí há uma ponta de ironia da parte de
seus adversários tucanos que se referem aos eleitores desta parte do país como
“ignorantes”. O governo do PT que investiu pesadamente nos programas sociais,
desde o primeiro mandato do governo Lula, como o Bolsa Família, principalmente,
considerada a “galinha dos ovos de ouro” em épocas de eleição, e pela
precariedade em que vivem, é sistematicamente criticado por induzir a população
a votar em seus candidatos, que são acusados de pegar os coitados pelo estomago
através de programas assistencialistas criados pelo governo federal. De fato, para
estes eleitores, que fez a diferença nestas eleições, deixam transparecer que
não chegou até eles a informação de que o país atravessa uma das mais difíceis
situação social e econômica jamais vista desde a estabilização da inflação pelo
Plano Real, que foi editado pelo governo FHC, em 1994.
Com
uma inflação agora galopando a quase 7%, bem acima da meta estipulada pelo
governo Dilma, de um PIB (índice que mede a atividade econômica) medíocre
próximo de zero, e uma confiabilidade das mais inexpressivas quanto ao
investimento interno, e, se antes admirado como o país do futuro, agora visto com
revés pelos países desenvolvidos, tudo indica que não são mensurados por uma
boa parcela (o) culta da população. A corrupção reinante com os desvios de
bilhões de reais dos cofres públicos, comprovados pelo maior julgamento
político da historia, que foi a Ação Penal 470 (o “mensalão”), que envolveu
dezenas de políticos do alto escalão do PT, e agora com o escândalo da
Petrobrás, também parecem não terem sido um obstáculo grave para os eleitores
de Dilma.
Estas
considerações também levam a imaginar como será o governo de alguns Estados
onde o Partido dos Trabalhadores também ganhou as eleições. E, importante
lembrar que separados por uma diferença de apenas 550 mil votos, em um universo
de 15 milhões de eleitores, Dilma levou o voto de 52,41% dos mineiros, enquanto
Aécio obteve 47,59, é quase a mesma percentagem na disputa para a Presidência
em todo o país, o que representa uma correlação de forças bastante próximas. A expressiva
votação de Dilma no norte e nordeste de Minas, regiões que dependem da ajuda oficial,
faz surpreender sua vitoria no Triangulo Mineiro, considerado um dos pólos de
desenvolvimento do Estado.
A
vitória expressiva do PT em um Estado do porte de Minas Gerais pode levar a
conquista de ministérios importantes na composição do futuro governo, e as
chances de se tornarem exeqüível projetos e repasses de recursos federais antes
impossíveis de se concretizarem devido o governo pertencer ao PSDB, talvez
agora seja viável, inclusive para os Municípios (pobres) do interior mineiro.