sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Quem não se comunica... !



A
inclusão digital é uma realidade que faz a diferença entre as pessoas nos seus diversos tipos de relacionamentos pessoal e social, ou envolvendo transações comerciais, econômicas e financeiras, exigindo uma participação cada vez mais ativa do cidadão na rede do sistema universal das informações e comunicações, através da internet.  
Uma em cada três famílias, ou seja, 30% das famílias brasileiras estão a margem do sistema financeiro, fazendo com que ainda comprem “fiado” ou na “caderneta”. O fiado acaba sendo uma forma de suprir a classe mais pobre da falta de credito em bancos. Estes números fazem parte de uma pesquisa inédita feita no Brasil pela Fundação Bill & Melinda Gates e Bankable Frontier Associates, e que foi analisada pela Fundação Getulio Vargas – FGV. Ficou evidenciado que as desconfianças entre bancos e o individuo são recíprocas, tanto do lado da instituição que veem a inadimplência como o fator mais sério, e do outro porque cobram taxas pelos serviços bancários, além dos rendimentos da caderneta de poupança render pouco. A conta poupança atinge apenas 34% da população. Conta no banco só para receber o salário do empregador. Os correspondentes bancários, como lojas lotéricas e Correios, servem apenas para desafogar as agencias para pagamentos.
Importante mencionar que esta pesquisa não considerou as dificuldades de acesso a internet por parte da população de baixa renda. 
Agora, os telefones celulares podem ser a nova fronteira da inclusão financeira desta parcela da população. “O Banco do Brasil, por exemplo, está testando um modo em que seus clientes, que são patrões, podem em vez de sacar o dinheiro transferir o pagamento para o celular de seu prestador de serviço, que por sua vez passa a ter uma conta no BB e ainda poderá usar o celular para fazer saques. O próximo passo é usar o celular para pagar contas e ainda ganhar creditos para ligações.”
Em Minas, a ampliação da cobertura de telefonia celular e comunicação de dados serão ampliadas para 692 distritos e 359 municípios mineiros até 2016, sendo que 50% desses distritos serão atendidos até o final deste ano. A informação foi transmitida pelo governador Antonio Anastasia, dia 13, no lançamento da segunda etapa do Programa de Universalização do Acesso aos Serviços de Telecomunicações do Estado de Minas Gerais, o “Minas Comunica II”, “...levando o conforto, mas fundamentalmente oportunidades de negócios, informação, acesso a noticias, e principalmente prosperidade e desenvolvimento ao homem do campo e para o produtor rural”, que passam também a ter acesso a internet via celular.  
Dentre os municípios abrangidos pelo programa, na região das Terras Altas da Mantiqueira, dois foram beneficiados: Passa Quatro, atendendo uma população de 3.687 pessoas, residentes nos Bairros do Pinheirinho e Pé do Morro; e o município de Pouso Alto, com uma população de 1.524 pessoas.
Todos podem ter acesso a informações disponíveis na internet e assim produzir e disseminar conhecimentos. A coordenadora do Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS, de Passa Quatro, Fernanda Guedes, informou que o núcleo mantém a disposição dos interessados uma sala com 10 computadores, atendendo atualmente 103 jovens e 82 adultos da terceira idade, estando prevista a contratação de técnico de informática para acompanhamento dos programas.
No futuro, quem não estiver “incluído digitalmente”, viverá sob uma limitação social importante.



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Planos para a sociabilidade


As perspectivas para crianças e jovens em pequenas comunidades são desanimadoras, tamanha é a ausência do poder publico nesse meio. 
Em municípios de pequeno porte onde a população rural e urbana quase se integra são mais visíveis o subdesenvolvimento, exigindo uma atenção maior da administração publica em dar melhor assistência a estas comunidades.
Um estudo autônomo, recentemente desenvolvido por uma equipe de especialistas na área social em uma comunidade, com a participação de pais, professores e membros da sociedade, identificou-se uma geração consciente de seus defeitos e de seus sonhos, com os principais enfoques: conhecer o público-alvo, a sua visão do futuro e o caminho imaginado para a transformação.
As crianças e os jovens foram questionados quanto aos seus comportamentos e dos seus relacionamentos com os adultos, originando um retrato severo e depreciativo, tendo como pontos positivos o que gostam de fazer, e como negativo a sua forma de ser.
As crianças e os jovens foram indagados, então, acerca de como seria a comunidade ideal daquele lugar em 2018 e quais qualidades deveriam ter os jovens para estar adequados a essa situação ideal.
A grande questão, todavia, está em saber o que os jovens e a população desses povoados consideram essencial para promover esse salto de uma realidade vista severamente com traços negativos para uma situação superior, na qual as pessoas possam exercitar as virtudes consideradas ideais.São diversos os âmbitos revelados nas entrevistas como fundamentais para o alcance da melhoria das condições pessoais, buscando a realização pessoal e profissional, além da criação de clima de paz social: o afetivo, o escolar, lazer, cultural, estrutural e financeiro.
No âmbito afetivo, na medida de possível intervenção do poder público, requer-se a criação de espaço para encontro e reflexão, tornando viáveis oportunidades de familiares partilharem atividades e serem orientados.
No âmbito escolar, propõem se professores mais preparados e motivados, cursos de pequena duração (de cabeleireiro, marceneiro, culinária, informática).
Para o lazer e a fruição cultural requer-se local – a escola, por exemplo – onde haja esporte, dança, capoeira, acesso a peças teatrais, cinema, oficinas de arte, aulas de canto e de música e valorização de antigas brincadeiras.
Por fim, no campo estrutural e econômico, os jovens clamam por ter escola organizada, água boa para beber, horta comunitária, melhoria das ruas e estradas.
A escola deve ser o centro catalisador da convivência e de desenvolvimento pessoal, além, é lógico, do seu papel de formação intelectual. Cumpre, portanto, usar a escola como lugar para encontro da comunidade, onde pais, filhos, amigos convivam na fruição de lazer e de atividades artísticas e culturais.
Os jovens não querem essencialmente objetos de consumo, eles querem convivência em clima de sociabilidade na busca de paz social em que prevaleça o respeito pelo outro. Essa pesquisa mostra, portanto, jovens muito conscientes de suas deficiências, dotados de compreensão do que deveriam ser e das condições necessárias, além da própria força de vontade, para progredirem no desenvolvimento da personalidade.
A prova está na resposta dos jovens à pergunta sobre o que gostariam de fazer se pudessem, pois no lugar do desejo de bens materiais, surgido apenas secundariamente, prevaleceu a vontade de obter aulas de natação, dança, flauta, piano, música em geral. Em suma, o estudo conclui que as soluções propostas apontam na direção da arte,da música,da qualificação profissional e da atenção às famílias como a direção ideal a ser seguida para uma vida melhor. E para isto se concretizar basta ter vontade política.
Este estudo, por razões acadêmicas, não contempla o que considero de suma importância, como um valor inestimável para o lugar em que vivemos, - a Terra. Assim, a Educação Ambiental é fundamental para uma conscientização das pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam ter cada vez mais qualidade de vida sem desrespeitar o meio ambiente. O maior objetivo é tentar criar uma nova mentalidade com relação a como usufruir dos recursos oferecidos pela natureza, criando assim um novo modelo de comportamento, buscando um equilíbrio entre o homem e o ambiente. Analisar a importância das questões ambientais e educação ambiental desenvolvida nas escolas públicas, discutindo sua importância e compreendendo as principais dificuldades e desafios enfrentados pela Educação Ambiental no Ensino Fundamental I nas escolas públicas, tendo em vista que neste nível os educandos são bastante curiosos e abertos ao conhecimento. Em um mundo bastante conturbado, no qual vivemos atualmente, em virtude de como o homem vem utilizando os recursos naturais de forma inadequada se fazem necessário uma conscientização ambiental, sobretudo por parte dos educadores, já que eles têm grande responsabilidade na formação cidadã de seus alunos, sendo importante que estes possam tomar entendimento acerca do que acontece e o que podem fazer para preservar o meio ambiente, e disseminem tal conhecimento para sociedade.
Em alguns municípios da região do Sul de Minas, as escolas vêm cumprindo o seu papel de sociabilidade, mas é necessário seja dada uma amplitude maior para as demais atividades e responsabilidades aqui mencionadas.