Enquanto
grave crise assola as prefeituras de todo o país, sejam pequenas, medias ou
grandes, os gestores públicos vão lançando mãos de todo o tipo de mecanismos
para aumentar a receita. E quem paga o pato é a população com o aumento de
impostos como IPTU, IPVA, mais rigor na fiscalização para arrecadação do ISS, e
por aí vai.
Os
repasses pelo Governo Federal aos municípios através do Fundo de Participação dos
Municípios - FPM, que representa 17% do bolo tributário nacional, é a principal
fonte de renda para grande parte das 853 prefeituras de Minas Gerais. Cidades
com menos de 10 mil habitantes, 492 ao todo no estado, dependem basicamente
desse recurso para quitar suas contas. No mês passado, elas receberam R$ 329
mil do FPM cada uma, valor que tem se tornado insuficiente para cumprir os
compromissos da administração.
O
“Grito dos Municípios Mineiros Contra o Arrocho Financeiro” marcado em
Brasília, para o dia 13 dezembro, é mais uma dentre outras marchas que vem
acontecendo há tempos. Em abril de 2009, quando as prefeituras de todo o país
recebiam 15% da arrecadação federal, os prefeitos de Minas Gerais estabeleceram
ponto facultativo, paralisando todas as suas atividades em protesto pelo mesmo
motivo.
Pensando
nas eleições do ano que vem e achar que as urnas vão resolver os problemas
financeiros dos municípios é engano. A conjuntura política e econômica interna
e mundial sempre será um pretexto, e “agradar gregos e troianos” será uma
missão impossível.
Os
gestores municipais, embora presos a esta roda de protestos, pois, dependem de
fato de parcela mais significativa da repartição dos recursos federais, devem ser
mais ousados e buscar outras alternativas, de maneira estratégica, o
desenvolvimento sustentável das cidades, focando as vertentes naturais e as
tendências econômicas da região para o progresso local. Não há outra saída.
Nessa
linha, esta semana a Associação Terras Altas da
Mantiqueira’ (ATAM) realizou na Pousada do Verde, em Passa Quatro (MG), o
“Encontro de Articulação Regional do Turismo Mineiro (ENATUR)”, pela primeira
vez em nossa região. Apresentado por uma equipe da
Diretoria de Planejamento das Políticas do Turismo de Minas Gerais, a proposta
do Encontro foi promover o alinhamento técnico entre a SETUR-MG, os
Circuitos Turísticos e a cadeia produtiva do turismo do Estado.
O objeto deste encontro é potencializar a participação dos municípios no
Programa de Regionalização, fortalecer a gestão dos Circuitos Turísticos,
bem como capacitar multiplicadores das diretrizes públicas do turismo em Minas
Gerais.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec), também é uma das opções para o desenvolvimento das cidades.
Embora nossa região seja protegida por normas de proteção ambiental em sua
maior extensão, e por isto apresentar condições pouco permitidas para alguns
setores industriais, nada impede de se instalar núcleos de formação técnico e
profissional permitindo o encaminhamento dos jovens para o mercado de trabalho
local, como também para outras regiões dos Estados.
O Pronatec funciona em
parceria com os cursos do Sistema S (Senac, Senai, Senat e Senar), Institutos
Federais e rede estadual de ensino, e as Prefeituras já podem começar a
planejar e negociar os cursos e vagas que serão oferecidos em 2014. O prazo vai
até 30 de novembro.

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