O texto publicado hoje no iG com o titulo “Joaquim Barbosa é um homem mau”, de Ricardo Galhardo, trata de uma descrição nada elogiosa formulada por Celso Antonio Bandeira de Mello, um dos mais conceituados advogados e professor da PUC há quase 40 anos. O jurista refere-se a forma como foi conduzida a prisão de Genoino: "Acho que é mais um problema de maldade. Ele é uma pessoa má. Falo isso sem nenhum preconceito com a pessoa dele, pois já o convidei para jantar na minha casa. Mas o que ele faz é simplesmente maldade". Bandeira de Mello subscreveu na terça-feira, ao lado de juristas, intelectuais e líderes petistas, um manifesto condenando a postura de Barbosa, e que ações como a expedição de mandados de prisão em pleno feriado da Proclamação da Republica, e da inversão de regimes para os condenados à prisão de semi aberto para o fechado, o caso de José Dirceu, considerada arbitraria pelo jurista, pode levar o presidente do STF a um processo de impeachment pelo Senado, que considera o foro apropriado.
Não
é a minha opinião. Acredito que as atitudes do ministro Joaquim Barbosa não
devem ser tratadas simplesmente como maldades. A bondade e a maldade, segundo alguns estudiosos do assunto, são atos voluntariosos inerentes a cada individuo, cujas atitudes dependem de sua formação no
ambiente familiar, que com o tempo vai agregando atributos que vão dar origem à sua personalidade. O comportamento e as atitudes tomadas no decorrer
de sua vida social e profissional, também vai depender do momento e do
estado emocional do protagonista. Enquadrar o ministro como um individuo "mau" é um diagnostico complexo, e o impeachment uma tarefa difícil.
De forma mais simplista e objetiva, neste caso, o ministro Joaquim Barbosa poderia sim ser submetido a um processo de impeachment, mas por sofrer de "sacroileíte", - uma doença, e que o acompanha desde o inicio do julgamento da AP 470, o "mensalão", até agora. Sobre este tema já escrevi e reeditei no blog com o título: "O dito pelo não dito", em 16/10/2013.

