segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

No melhor estilo acaciano (*)


No término do mandato, Acácio Mendes de Andrade, acacianamente, tentou dar um toque de eficiência a sua malograda gestão, enquanto ocupou a Prefeitura de Passa Quatro.
Na solenidade da troca de comando da Policia Militar local, ocorrido nesse final de ano, no Hotel Recanto das Hortênsias, com a presença de um  respeitável publico, autoridades e do futuro Prefeito Paulo Brito, desfilou uma relação de “feitos” e obras inacabadas, as quais, aliás, não foram suficientes para convencer a população de sua importância e eleger o seu sucessor - o então Vice-prefeito Antonio Claret. 
O prefeito Acácio não conseguiu elevar a cidade um patamar de IDH – Índice de Desenvolvimento Humano minimamente satisfatório, que considera as três áreas de desenvolvimento: Emprego & Renda, Educação e Saúde. O resultado, depois de três mandatos, foi uma administração medíocre.
Os Ministérios da Cidade e da Integração apontam que há deficiências por parte dos estados e municípios na elaboração de projetos básicos e executivos de qualidade, em parceria com o governo federal, para a execução de obras.
Dados da ONG Contas Abertas mostram que apenas 2,3% dos 34 bilhões disponíveis para investimentos nos Ministérios dos Transportes, Cidades e Integração Nacional foram executados no semestre passado. Se forem considerados os investimentos realizados em anos anteriores, ainda assim permanece limitada a 18,2%.
Segundo a AMM – Associação Mineira de Municípios, “a crise e política econômica do governo federal estão ‘quebrando’ as prefeituras”. Porém, não é a opinião de alguns consultores independentes, que apontam os próprios executivos municipais como sendo os únicos responsáveis pela situação. Acostumados a “mamar nas tetas” do governo federal, alguns prefeitos não buscaram eficiência enquanto gestores públicos. Os resultados negativos se devem à falta de um planejamento estratégico, que se implementado teriam os municípios certamente obtidos bons índices de desenvolvimento.

(*)  “Acaciano” é um termo curioso. Tem origem no nome de um personagem criado por Eça de Queirós, o escritor português do século 19, autor do romance “O Primo Basílio”, no qual surge o célebre Conselheiro Acácio.
Espécie de paladino da moral e dos bons costumes cristãos tinha um falar afetado, repleto de fórmulas convencionais, chavões, frases vazias e citações.
O adjetivo “acaciano” deriva do nome desse personagem e designa, sobretudo, o discurso vazio, enfeitado, pomposo, mas sem conteúdo, beirando o ridículo.
Antenado para o auditório mais próximo fisicamente, ele fala qualquer coisa sobre qualquer tema.
Sabe que dois e dois são quatro e essa obviedade é brandida em todas as situações, mas sempre com deslumbrada ênfase acaciana, de verdade recém-descoberta e inapelável.
Portanto esta palavra “acaciano” é um adjetivo e substantivo masculino que ou quem se mostra afetado, ridículo pelo uso de fórmulas convencionais ao falar ou pela maneira pomposa de ser.

Fonte: Google








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