As noticias sobre o Julgamento do mensalão no STF e as Eleições do 2º Turno, foi o que mais ocupou o espaço político na mídia nas ultimas semanas. Embora venha sendo utilizado nas campanhas pelos adversários políticos contra o PT, o caso não parece haver influenciado nos prognósticos das pesquisas a favor de Fernando Haddad (PT), que pode ser eleito prefeito, neste domingo em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.
José Dirceu, configurado no núcleo político da Ação Penal 470 como o personagem mais visado, e procurando manter-se distante da imprensa, tem dito: “Fui condenado por ser Ministro... nunca fiz parte nem chefiei quadrilha”.
Neste final de semana Dirceu esteve em Passa Quatro, sua cidade natal, e quase não foi visto em publico, preferindo ficar em casa junto a família, – sua mãe já completou 90 anos. Foi visto entrando na Academia localizada no centro da cidade, onde permaneceu por aproximadamente hora e meia. Quando aqui esteve, em julho, antes do inicio do julgamento em Brasília, ainda podia ser visto na rua caminhando com roupa de ginástica.
Quando tentei entrevistar José Dirceu fui sutilmente interpelado pelo condutor da SUV de côr preto e vidros escuros, da marca Hyundai, que naquele momento saía da residência; depois fui informado que a entrevista não seria possível. "Não desta vez", mandou dizer. Estava previsto um encontro com o prefeito Paulinho Brito (PSDB) e o vice Eduardo Bento (PT), para cumprimenta-los pela eleição em 7 de outubro.
Hoje, domingo, dia da eleição do 2º Turno, Dirceu saiu pela manhã com destino a São Paulo para votar. À tarde, apareceu num flash da TV Bandeirantes chegando à seção eleitoral que fica na zona sul da Capital, com tumulto e cercado por militantes do PT. Assediado pela imprensa, e com a insistência do repórter, disse: “Eu só vou falar depois do julgamento!”.
Hoje, domingo, dia da eleição do 2º Turno, Dirceu saiu pela manhã com destino a São Paulo para votar. À tarde, apareceu num flash da TV Bandeirantes chegando à seção eleitoral que fica na zona sul da Capital, com tumulto e cercado por militantes do PT. Assediado pela imprensa, e com a insistência do repórter, disse: “Eu só vou falar depois do julgamento!”.
Um fato novo surge no julgamento que se reinicia já nas primeiras semanas de novembro. A discussão pelo STF das regras para definição das penas dos envolvidos, no caso de José Dirceu por ‘corrupção ativa e formação de quadrilha’, se acatado o novo argumento de defesa apresentada pelos advogados do ex-ministro, levará os magistrados a uma analise diferenciada para determinar as sanções penais. Os causídicos pedem a redução da pena sob o argumento de que o réu tem “relevante valor social”. O texto da defesa, chamado de 'memorial', traz uma serie de testemunhos de pessoas próximas ao ex-ministro, afirmando que sua participação na luta contra a ditadura contribuiu para a redemocratização do Brasil. O texto cita o Código Penal, onde diz que a punição deve ser atenuada quando aquele que foi condenado tenha “voluntariamente realizado, antes do fato, relevante ato de solidariedade humana e compromisso social”.
O presidente do STF, Carlos Ayres Brito, difere do que pensam alguns ministros, e chegou a antecipar que "a história" dos acusados será levada em conta na fixação das penas.
O presidente do STF, Carlos Ayres Brito, difere do que pensam alguns ministros, e chegou a antecipar que "a história" dos acusados será levada em conta na fixação das penas.










