"GESTORES DE CRISES"

Nestas eleições, muito mais que em épocas passadas quando as cobranças não chegavam a incomodar tanto os alcaides, agora, sob a ameaça do fantasma dos escassos recursos repassados pela Federação, os novos prefeitos serão verdadeiros “Gestores de crises”. Com este título, Gaudêncio Torquato, professor e consultor político, em sua coluna do Estadão de domingo, descreve bem como os novos prefeitos, vices, e vereadores vão enfrentar as condições impostas pela população de 5.565 municípios. De como o fator econômico estipula as regras a cada ciclo político eleitoral, e quando a escassez de recursos propicia o surgimento de figuras menos populistas. A população passa a cobrar mais eficiência do Executivo, e os municípios se elevam ao estágio de emergentes: o discurso com a abordagem de “preparar o amanhã”, ou “construir a Pátria para nossos filhos e netos” dá vez à expressão: “o futuro é agora”. A coligação de partidos que apoiam o candidato majoritário têm outra expressão, e sua significância não são em razão das siglas, mas em razão da representatividade para interagir de fato junto à população. Que as tintas demoram a desbotar, daí o porque dos populistas não saírem por completo da paisagem política. A figura do político afeito às artes e técnicas do discurso puro, dará lugar ao individuo de perfil (empreendedor?) com noções e técnicas do administrador publico profissional. Cita ainda, que lá fora o tom também sai da partitura econômica, e países como os Estados Unidos, assim como na Europa, discorrem sobre acertos nas políticas fiscais e monetárias, e a China começa a desacelerar o eixo da economia. Finaliza escrevendo que em outubro não serão escolhidos simplesmente ‘prefeitos’, mas ‘gestores de crises’, significando na acepção grega: conjuntura perigosa, momento decisivo; no ideograma japonês: campo das oportunidades (expansão, inovação, aperfeiçoamento). Fenece a imagem do político tradicional e ascende a figura do administrador publico.
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