segunda-feira, 3 de outubro de 2011

‘A gaiola... !. O titulo ‘eloqüente’ estampado na primeira página do jornal regional, dá uma demonstração clara de que o episodio anterior – ‘Trio Parada Dura’, foi apenas o começo e que terá desdobramentos. A Seção da Câmara Municipal realizada dia 16 de agosto, a segunda realizada nas dependências provisórias de um dos prédios mais antigos e conservados da Rua Tenente Vioti, pois o oficial encontra-se em reforma, não nos pareceu que seria tranqüila desde o momento que foi anunciado o uso da Tribuna Livre pelo editor do Jornal Regional, Arvelos Vieira. Antes disto, porém, os Vereadores Du Moto, Ludgero Bustamante, Carlos Edil, João Batista,e Leonardo Nobre se rebelaram contra o uso da tribuna pelo jornalista e decidiram abandonar a reunião, gerando tumulto, discussões e a intervenção da Policia Militar que já havia sido solicitada com antecedência para acompanhar a seção – que a partir daí foi encerrada. Já de saída do recinto, ouvi de um dos Vereadores o seguinte provérbio: ‘se deixarmos, o inimigo entra em sua casa sem bater na porta, logo está na sala, e sem percebermos ele toma conta de nossas intimidades e mata a sua família’. Há controvérsias. Nesse caso, trata-se de um episodio publico e que foge das esferas particulares. Penso ainda que os Vereadores deveriam deixar o proponente falar, ouvir o que será dito e responder à altura, dando assim uma demonstração de transparência, sejam verdades ou mentiras.
Na seção de 06 de setembro, como se previa, o jornalista, que denominei em minha coluna passada - Arvelos ‘Skinhead’ Vieira, requereu novamente a Tribuna Livre e acabou falando, tecendo comentários sobre a própria família que, inclusive o próprio, descendem de Passa Quatro, além de citar diversos personagens carismáticos e personalidades política desta cidade. Também ‘mandou bala’ contra os desafetos do Prefeito Acácio de Andrade, especialmente o radialista e empresário Paulo Roberto Villareal, que não poupa o atual prefeito de críticas em seus programas na Rádio Mineira do Sul. Parece que agora, principalmente os Vereadores de oposição, sentir-se-ão um pouco mais à vontade para apreciarem e votarem os projetos de interesse da cidade. Por enquanto.


Nota Zero. As atitudes do Prefeito Acácio de Andrade contra o Projeto Brasil Nota 10, com a falta de pagamento de parcelas no valor de R$ 3.300, de acordo com Convenio firmado com o Instituto Real de Profissionalização para o Trabalho, no inicio do ano, e a retirada da lista das que serão atendidas pela Prefeitura para o orçamento de 2012, deixa claro que se trata de uma perseguição política ao Vereador Carlos Edil, pelo fato de agora pertencer ao grupo que faz oposição ao Executivo. Isto tem causado a redução das atividades desenvolvidas por 23 crianças e adolescentes, e conseqüentemente a redução do auxilio financeiro. O Vereador alega que esta retaliação deve-se também ao fato de presidir a CPI da Policlínica, tendo recentemente protocolado no Fórum desta Comarca um Mandato de Busca e Apreensão de documentos, plantas, convênios e pareceres técnicos relativos a obra, orçado em R$ l milhão, que se iniciou em 2006 e ainda não está funcionando. O Projeto Brasil Nota 10, desenvolve a confecção de maquetes onde conta a Historia do Brasil – uma inovação no campo do turismo e da cultura, já visitada por mais de 24 mil turistas e dezenas de escolas e faculdades da região sul mineira e paulista.


Panni e circus. Isso é latim. No Império Romano, para desviar a atenção do povo dos problemas sociais, os imperadores ofereciam PÃO E CIRCO, ou seja: alimentação e diversão. Não que sejam desnecessários, mas não são estas apenas as questões básicas para uma comunidade melhor viver. O que tem retorno político de forma mais rápida é o que convém, quando a capacidade dos recursos humanos é medíocre e o financeiro praticamente já se esgotaram para a saúde, o emprego e a moradia. Temos observado a ênfase que se dá para realização de shows musicais, rodeios, exposições, carnaval, desfiles, e outros eventos, mas no dia seguinte é outra a realidade. Nas eleições municipais passadas o Tribunal Regional Eleitoral usou o seguinte slogan: “Quatro anos é muito tempo, principalmente quando as coisas não vão bem”. Será que aprendemos a lição?


Sete de Setembro. O Brasil de Luto. “Que país é este que junta milhões numa marcha gay, outros milhões numa marcha evangélica, muitas centenas numa marcha a favor da maconha, mas que não se mobiliza contra a corrupção?”.
(07/07/2011 - Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol "El País")
Escrito por um estrangeiro, com toda propriedade descreve a quantas anda os políticos no Brasil, e toca em nossa ferida por negarmos acusar de forma mais incisiva, se manifestando nas ruas contra os pulhas corruptos, eleitos pelo povo.
Talvez esta tenha sido a primeira vez que a comemoração do Dia da Pátria tenha transcorrido junto uma mobilização nacional, conclamando os cidadãos de bem a uma Reação em nome da Decência, Honestidade e Competência. Em Passa Quatro, durante o evento, foi possível observar algumas pessoas, informadas ou não, usando preto, como alguns professores e funcionários da Escola Estadual Presidente Roosevelt.